terça-feira, 29 de setembro de 2009

Por vezes, espero o seu toque.
Vai de leve, vem com o vento
o desejo de quem não saber mentir
E sufoca-se, com os lábios mordidos para dentro
comprimindo-se inteira
fazendo a temperatura subir.

Até o menor gesto
despreende uma faísca
que arrisca e incentiva a sair
do seu centro, correndo pelo corpo
contorcendo-se, não deixando exprimir
o quão importante se tornou sua presença
Me contenta apenas seu sorrir.

Conto os minutos até que chegue o momento
de sentir os dedos deslizantes
na pele tenra, suave...
despertando o mais profundo querer
fazendo-me ser, só, o senso descomunal
do viver.
Clara e gostosamente,
uma parte de você.

Um comentário:

  1. Nossa! Que lindo! Adorei. Já pensei num início de curta-metragem, filme PB, beirada de um prédio... a personagem quieta e esse poema...
    Lindo!!!

    Tiago

    ResponderExcluir